Se a missão é salvar vidas, o Espírito Santo não deve nada ao mundo

Entende-se, claro, a pressão de diversos setores produtivos pela reabertura do comércio de uma forma geral. Há o medo da bancarrota, do desemprego e etc. Também fica compreensível que haja por parte de alguns o descontentamento com a forma com a qual o governo do Estado vem conduzindo as ações contra a pandemia Covid-19 no setor econômico.

Contudo, o desejo pela reabertura ampla da economia não pode tapar os olhos de quem deve, ainda que não queira, enxergar o Espírito Santo como um estado que vem se saindo bem entre os demais quando o assunto é salvar vidas, gerir os gastos ante a pandemia, e tomar atitudes certas na rede de saúde.

A frase escrita pelo governador Renato Casagrande hoje, em seu twitter,  não deixa dúvida:

“Enquanto hospitais de campanha estão sendo desmontados, aqui no ES os recursos foram aplicados para ampliar a nossa rede hospitalar. Hoje, iniciamos a reversão dos leitos Covid para atender a outras enfermidades. É o legado para os capixabas do trabalho com bom planejamento”.

Se alguns estados gastaram milhões de reais com hospitais de campanha que sequer foram usados, ou nem saíram do papel, caso do Rio de Janeiro, nosso estado fez uma gestão eficiente na saúde. Gerenciou a rede hospitalar que tem, abrindo leitos pontuais apenas diante da necessidade, com um acompanhamento rigoroso do aumento dos caos.

E tudo isso com total transparência. Tanto assim que teve  reconhecimento nacional como o mais transparente na divulgação de dados referentes ao novo coronavírus.

Essa condução trouxe como resultado não só a economia, evitando gastos desenfreados e precipitados, como também um legado que ficará permanentemente que é a utilização desses leitos abertos para atender nossos enfermos daqui para frente.

Porém, o maior legado de todos com certeza foi não ter notícia de que um capixaba tenha morrido por falta de leito, falta de atendimento.

Enquanto muitos estados apresentaram seus hospitais sobrecarregados, deixando pessoas à própria sorte, no Espírito Santo não faltaram a força, coragem, e a competência de um profissional de saúde, como também não faltou uma rede hospitalar eficiente….ainda que pela primeira vez.

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Quem tem de dizer se o Espírito Santo vem conduzindo bem as ações contra o Covid-19 são os profissionais de saúde. São eles que entendem de salvar vidas. Perguntar a um empresário, que com razão, anda aborrecido, ou a um político de oposição, que torce pelo quanto pior melhor, certamente se obterá uma resposta caolha.

Sugiro ao capixaba não perguntar a ninguém. Apenas olhar para dentro de si e buscar a resposta. Porque até aqui se o principal objetivo foi salvar vidas, o Espírito Santo não fica devendo nada ao mundo. Perdemos irmãos, sim! Muitos porque o vírus é mortal. Mas não pela vergonha de não tê-los atendido dignamente.

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fonte:atenasnoticias.com.br/